Recebi do amigo Abílio Neto o soneto a seguir, de autoria do também meu amigo Ismael Gaião, autor do livro "UMA COLCHA CEM RETALHOS". Aliás, Ismael fez a gentileza de me presentear com um exemplar da obra, quando de seu lançamento.
Quanto ao soneto, não me surpreende. Ismael é um poeta de mão cheia, que sabe fazer tanto coisas sérias como engraçadas, sempre com a emoção que a poesia requer.
OS QUATRO CORNOS
Ismael Gaião
“Quatro cornos sentados numa praça
Lamentavam por ter desilusões
O primeiro lembrando das traições:
"Eu me vingo das pontas na cachaça".
O segundo chorava da desgraça
E dizia: "não perco as ilusões.
Se a mulher preferiu ter Ricardões
Isso é fase, mas sei que logo passa".
O terceiro chifrudo, o mais matreiro:
"O que importa é a mulher trazer dinheiro.
Pra o que falam de mim, nunca liguei".
Já o quarto cornão foi taxativo:
"Quando a minha me trai sou vingativo.
Eu arranjo outro bofe e viro gay.”
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