quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Poesia de Reginaldo Melo

Peguei esse cartaz em

Outra contribuição importante que recebi esta semana para este Mundo Cordel foram os versos de Reginaldo Melo, com o título .

Reginaldo é mais um desses camaradas que, como eu, teve oportunidade de estudar mas não perdeu o gosto pela simplicidade da poesia popular. Professor graduado em Educação Fisica e Ciências Sociais, especialista em Sociologia e Psicologia aplicada às Relações Humanas, dedica a sensibilidade da sua alma à Literatura de Cordel, sendo fundador e acadêmico da Academia Caruaruense de Cordel - ACLIC. Atualmente mantém o blog Cidadania em Cordel (http://cidadaniaemcordel.blogspot.com/

Hoje, nos presenteia com esses oportunos versos, em tempos de eleição:

"O causo do eleitor que tomou vergonha na cara"
Reginaldo Melo


"... A corrupção começa
bem antes da Eleição,
quando você eleitor,
se vende por um colchão,
uma camisa, um sapato,
ou por farinha e feijão.


Aquele que compra voto
e consegue se eleger,
vai cobrar para cumprir
com o que seria o dever,
o que e bom pro povo
só vota se receber.


É por isso, eleitor,
que chamo sua atenção.
Você também é culpado
por essa corrupção,
tome VERGONHA NA CARA,
vote como cidadão...."

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Poesia de Dalinha Catunda


Olhem que beleza que a poeta Dalinha Catunda, do blog Cordel de Saia, me enviou ontem!

Muito obrigado, Dalinha, e envie suas obras sempre que quiser. É mais poesia de qualidade para este Mundo Cordel!

SERTANEJA, SIM SENHOR!
Dalinha Catunda



Sabia que era arisco
Aquele fogoso alazão.
Resolvi correr o risco,
Sem medo de ir ao chão.
Peguei chicote e espora
Montei no bicho na hora
Sem medo ou indecisão.

*

Ele quis titubear,
Mas cutuquei do meu jeito.
Pequei firme nas rédeas,
Pois me achei no direito.
E sob o meu comando
Obedecendo meu mando,
Ele foi quase perfeito...

*

Inda quis se rebelar,
Mas de nada adiantou.
De seus movimentos bruscos
Minha mão se encarregou.
Foi feliz na maratona,
Mostrei quem era a dona.
E ele se conformou.

*

Do que compro e pago caro,
Retorno eu sempre quero.
A manha, birra e coice,
De fato eu não tolero.
Do cavalo eu não caio
Só tenho medo de raio,
No resto eu acelero.

*

Bicho que eu não domino,
Confesso não dou guarida,
O meu sangue nordestino
É que me faz aguerrida.
Eu só não sou cangaceira,
Por ser metida a faceira,
Porém sou bem atrevida.


*

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Livro de Frederico Pernambucano de Mello



A ESTÉTICA DO CANGAÇO

Recebi e-mail do amigo Kydelmir Dantas, dando conta do novo livro de Frederico Pernambucano de Mello, e repasso aos leitores deste Mundo Cordel. Aliás, do mesmo autor, já li "Guerreiros do Sol", que é simplesmente fantástico. Segue o e-mail de Kydelmir:

Já está a venda, nas Livrarias o mais novo trabalho do confrade, da SBEC, Frederico Pernambucano de Mello:

Estrelas de Couro – A Estética do Cangaço 2010 – 112 anos de nascimento de Virgulino Ferreira, o Lampião



Prefácio: Ariano Suassuna



Gênero: História/Cangaço e cangaceiros/ Usos e costumes/ Ensaio interdisciplinar



SINOPSE



Autoridade no tema Cangaço – expressão do irredentismo popular brasileiro -, o historiador Frederico Pernambucano de Mello nos apresenta o livro Estrelas de couro: a estética do cangaço (Escrituras Editora), com prefácio de Ariano Suassuna.



Pernambucano, chamado por Gilberto Freyre de “mestre de mestres em assuntos de cangaço”, mergulha no universo desconhecido de sua cultura material, promovendo a leitura profunda do requinte e dos significados presentes nas poucas peças autênticas de uso dos cangaceiros, a exemplo do signo-de-salomão, da cruz-de-malta, da flor-de-lis, do oito contínuo deitado, das gregas, de variações sublimadas da flora local, e das tantas combinações possíveis de que se valia o cangaceiro na construção de um traje que atendia à vaidade ornamental de seu brado guerreiro e a anseios bem compreensíveis de proteção mística.



Resultado de estudo profundo a que se dedicou Pernambucano desde 1997, a obra é um ensaio interdisciplinar, um livro de arte com mais de 300 fotos históricas, que contou com a colaboração da Aba-Film (Fortaleza-CE), Fundação Joaquim Nabuco (Recife-PE), Instituto da Memória (Aracaju-SE), Instituto Cândido Portinari (Brodowski-SP), Instituto Ricardo Brennand (Recife-PE), Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (Maceió-AL), Museu Estácio de Lima / Instituto Nina Rodrigues (Salvador-BA), Museu da República (Rio de Janeiro-RJ) e do autor, que possui o maior acervo de peças de uso pessoal dos cangaceiros, com cerca de 160 objetos, que teve lugar de destaque na Mostra do Redescobrimento – Brasil 500 Anos (2000, São Paulo).



O livro é a primeira produção de história íntima sobre o fenômeno de insurgência social de maior apelo popular do Brasil. Sem perda do caráter epidérmico de banditismo, Pernambucano nos mostra uma tradição brasileira de insurgência recorrente, irmã do levante indígena, do quilombo e da revolta social. E conclui que nos veio do fenômeno a própria marca visual da região Nordeste: não mais que uma estilização da meia-lua com estrela do arrebitado da aba do chapéu de couro dos velhos capitães de cangaço.



“Habitando um meio cinzento e pobre”, conclui Pernambucano, “o cangaceiro vestiu-se de cor e riqueza. Satisfez seu anseio de arte, dando vazão aos motivos profundos do arcaico brasileiro. E viveu sem lei nem rei quase em nossos dias, deitando uma ponte sobre cinco séculos de história. Foi o último a fazê-lo com tanto orgulho. Com tanta cor. Com tanta festa”.



“Estrelas de couro, o livro que eu gostaria de ter escrito” – diz Ariano Suassuna



EM MOSSORÓ E NATAL, PODE SER ENCONTRADO NA LIVRARIA SICILIANO.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nas ondas da leitura


CONVITE DE LANÇAMENTO

Acabo de receber convite para o lançamento do CD "Nas ondas da leitura", uma iniciativa da Editora IMEPH, com composições do Professor João Collares e participação do músico Adelson Viana.
No interessante projeto, João Collares fez composições musicais a partir de livros infantis editados pelo próprio IMEPH, como o meu "Uma aventura na Amazônia", que deu origem a uma linda melodia no estilo do boi-bumbá de Parintins, e "Os animais têm razão", de Antonio Francisco, que inspirou um belo xote.
Cheguei a assistir parte das gravações no Vila Estúdio, de Adelson Viana, e fiz até uma pequena participação em "Os animais têm razão". Interpertei a voz do cachorro e foi muito divertido!
O lançamento vai ser amanhã, 15 de setembro, na Feira do Livro Infantil de Fortaleza, na Praça do Ferreira, às 16:30.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Comentários selecionados

MANIFESTAÇÃO DOS LEITORES

É sempre muito bom quando os leitores deste Mundo Cordel resolvem se manifestar e deixar seus comentários. Mas tem alguns que a gente não pode deixar só como comentários, então eles viram postagem, para que outros visitantes tenham mais facilidade para vê-los e compartilhar esses sentimentos.


Seguem dois bem recentes que me chamaram muito a atenção:


De Brancko Moraz (Rondônia)

Eu sou o brancko moraz,
sou poeta e zabumbeiro
por este país inteiro
meu nome ta espalhodo,
com Deus e Nossa Senhora
vou fazendo a minha história
por onde tenho passado!!


Olá amigos cordelistas do meu brasil. Eu sou brancko moraz, sou natural de currais novos, Rio Grande do Norte, moro em Rondonia a 12 anos, mas nao esqueço minha terra natal nem um dia!!




Do MUDA - Movimento Umarizalense em Defesa Ambiental


Sempre fui ligado a arte em geral e o cordel nao se faz diferente, ja tinha visto o texto de Antonio Francisco do qual fizemos uma peça com alunos. Hoje recorro ao poema mais uma vez, mas desta vez utilizando de forma a conscietizar sobre o mauq ue fazemos ao meio ambeinte e os animais retratam de forma ímpar o que nós realmente somos. No ESCAMBO que acontecerá do dia 03 ao dia 07 de setembro na cidade de Lucrécia-RN irei trabaçhar neste foco para que nao sujemos o ambiente em que estamos trabalhando e teremos os palhaços da limpeza, mas eles nao irão limpar, mas sim de forma comica e consciente serão fiscalizadores para ajudar a minimizar e/ou erradicar a produção de resisuos solidos durante os tres dias de evento, tendo coletores para separar o lixo. Uma forma divertida de trabalhar a educaçãoa ambiental nas pessoas... Parabens pelo blog...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cordel e Acordo Ortográfico





Caros amigos,



a TV Brasil vem apresentando uma série de "Interprogramas" nos quais usa a poesia popular para divulgar as mudanças da língua portuguesa decorrentes do último acordo ortográfico.


São 12 pequenos vídeos, de um minuto cada, nos quais as novas regras são explicadas, na forma de expressão característica dos poetas populares, misturando Literatura de Cordel e Repente.


Participei de dois deles, com versos de minha autoria. Agora eles estão no YouTube, em:


http://www.youtube.com/watch?v=uPVRoNaERAs&feature=player_embedded; e


http://www.youtube.com/watch?v=RAu2wUsu0Qg&feature=player_embedded.


Quem quiser ver todos os vídeos pode ir ao site da TV Brasil.


Abraços a todos!